Mikhail Bakhtin e Manoel de Barros: entre o cronotopo e a infância

Autores

  • Paloma Dias Silveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Margarete Axt Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Estética, Cronotopo, Infância

Resumo

Neste artigo aproximamos a infância, o espaço e o tempo através da literatura e da filosofia. Partimos da leitura que Bakhtin faz das obras de François Rabelais, no contexto do realismos grotesco, e do conceito de cronotopo aí formulado. Bakhtin constrói uma perspectiva filosófica de espaço-tempo aberto e coletivo, de liberdade e criação. A literatura de Manoel de Barros, por sua vez, materializa um cronotopo, afirmando uma visão de mundo e de homem no embate entre sentidos e valores. Chegamos ao entendimento de que os poemas de Barros possuem uma estética particular que se aproxima daquela analisada por Bakhtin. É regida por uma relação espaço-temporal que trabalha com a infância associada à criação, envolvendo o espaço-tempo do inútil e da contemplação, o rebaixamento do olhar, o renascimento e a produção de vizinhanças entre elementos heterogêneos.

 

Biografia do Autor

Paloma Dias Silveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pedagoga. Mestre. Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Técnica em assuntos educacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Margarete Axt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Linguística e Letras pela PUC-RS. Professora Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

Publicado

2015-04-30

Edição

Seção

Artigos