Finanças Climáticas Contabilidade, Sustentabilidade e Títulos Verdes

o Novo Horizonte Para O Financiamento Climático

Autores

Palavras-chave:

sustentabilidade, títulos verdes , água

Resumo

A crescente pressão global por práticas sustentáveis impulsionou a necessidade de transparência e padronização nas informações ambientais, sociais e de governança (ESG). Nesse contexto, a criação do International Sustainability Standards Board (ISSB) e a subsequente publicação das normas de Requisitos Gerais para Divulgação de Informações Financeiras Relacionadas à Sustentabilidade (IFRS S1) e Divulgações Relacionadas ao Clima (IFRS S2) representam um avanço significativo. O Brasil destaca-se por sua atuação pioneira na adoção dessas normas internacionais, evidenciada pela Resolução CVM n.º193 e pela Resolução CFC n.º 1.710, que estabelecem a obrigatoriedade das divulgações a partir de 2026. Tal iniciativa posiciona o país na vanguarda da regulamentação global de relatórios de sustentabilidade. Paralelamente, este artigo aborda o papel crucial dos títulos verdes como mecanismos de financiamento para projetos com impacto ambiental positivo, como infraestrutura hídrica. São apontados desafios relativos à transparência e eficácia desses instrumentos, ressaltando a indispensabilidade da Contabilidade verde para a mensuração e a verificação independentemente dos resultados. A integração da sustentabilidade nas práticas contábeis com o fomento a pesquisas colaborativas internacionais, é apresentada neste momento como fundamental para o desenvolvimento de uma economia mais resiliente e equitativa.

Biografia do Autor

Ticiane Lima dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia

Doutorado em Administração (UNAMA), mestre em Administração pela UFRN. Líder do Grupo de pesquisa GMAM/QALIS/CAPES. Pesquisadora, professora da Universidade Federal Rural da Amazônia, autora de artigos nacionais e internacionais, organizadora, autora e coautora de livros e capitulo de livros.

Referências

Comissão Federal de Contabilidade. (2023). Resolução CFC nº 1.710. Diário Oficial da União.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (2023). Resolução CVM n.º 193. Diário Oficial da União.

Ehlers, T., Mojon, & B.,Packer, F. (2020). Green bonds and carbon emissions: exploring the case for a rating system at the firm level. BIS Quarterly Review, Bank for International Settlements.

Fatica, S., & Panzica, R. (2021). Green bonds as a tool against climate change? Business Strategy and the Environment, v. 30, n. 5, p. 2628-2647.

Jia, R. (2023). Green bond transparency: A review of the evidence and policy implications. Journal of Sustainable Finance & Investment, 2023. DOI: https://doi.org/10.1080/20430795.2023.2171456.

New Climate Economy (NCE). (2018). Unlocking the Inclusive Growth Story of the 21st Century: Accelerating Climate Action in Urgent Times. Global Commission on the Economy and Climate.

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD). (2022). Environmental Performance Reviews: Brazil 2022. Paris: OECD Publishing, 2022.

IFRS FOUNDATION. (IFRS). (2022). IFRS S1 General Requirements for Disclosure of Sustainability-related Financial Information, IFRS S2 Climate-related Disclosures. International Sustainability Standards Board (ISSB).

Downloads

Publicado

2025-05-02

Edição

Seção

Opinião do Autor