Em seu livro A Geografia do Pensamento, o psicólogo Richard Nisbett defende a visão de que um número significativo de resultados sobre diferenças significativas entre asiáticos e europeus mostra que a estrutura do pensamento entre populações orientais e ocidentais diverge profundamente. Nisbett assevera que essas diferenças afetam a percepção, a conceitualização e o raciocínio em geral. Examino esses resultados à luz do debate relativista proposto, e, em particular, à luz de argumentos recentes contra o relativismo propostos por Paul Boghossian. Nisbett não alega ser um relativista, mas está bem perto de sê-lo. Sustento que as diferenças que ele salienta são muito menos significativas do que ele alega, e que elas não precisam afetar as estruturas de pensamento. Assim, sou cético quanto à possibilidade de haver uma “geografia do pensamento”.