O “Córrego Fluente” que Carrega o Pragmatismo: James, Peirce, e Royce

Autores

  • André De Tienne

Palavras-chave:

William James, Charles Peirce, Josiah Royce, Pragmatismo, Idealismo, Empirismo, Fluxo do pensamento, Fluxo, Continuidade, Finalidade, Teleologia, Experiência, Fato, Fáneron, Entremediação, Mediação, Ligação, Semiose, Interpretação, Absoluto

Resumo

Todos os grandes pragmatistas clássicos erigiram suas variações do pragmatismo sobre entendimentos distintos da continuidade da experiência. Este artigo explora como a concepção de “córrego fluente” da experiência é analisada por James, Peirce e Royce, de modo que fosse desenvolvido o matiz distintivo de seus respectivos empirismo radical, pragmaticismo e idealismo construtivo.Uma primeira seção trata da abordagem psicológica e fenomenológica de James do “fluxo de pensamento”, que o levou a sua concepção de experiência e, assim, ao que Peirce chamou de pragmatismo extremo de James. Uma segunda seção tenta mostrar como a abordagem peirciana da “lei da mente” serviu para esclarecer um elemento-chave da sua máxima pragmática, e como ele em seguida desenvolveu uma concepção central que competiria com a experiência pura de James, que é a concepção de fáneron. Uma terceira seção aborda a análise de Royce da passagem do significado interno para o externo, ou sua interpretação de como os propósitos são alcançados por meio da corrente temporal da experiência para se chegar a um objetivo que não está mais na corrente, mas sem o qual ela absolutamente não existiria. Atenção especial é dada à abordagem de Royce da “ligação dos fatos” e da importância que ele atribui à relação de “entremediação”. Uma seção final descreve como o Royce maduro vai além de suas análises iniciais graças ao seu estudo da teoria semiótica da interpretação de Peirce, que lhe forneceu uma noção muito melhor de “mediação”. Peirce e Royce eram espíritos pragmatistas afins, e ambos conseguiram, de maneira parecida, ir além de James.

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Artigos Cognitio