Representações de Objetos Imaginários, Não-existentes ou Não-figurativos
Autores
Winfried Nöth
Palavras-chave:
Representação, Objeto do signo, Referente, Figuras, Charles S. Peirce, Nelson Goodman
Resumo
De acordo com os positivistas lógicos, signos (palavras e figuras) de seres imaginários não têm referentes (Goodman). A teoria semiótica por trás dessa assunção é dualista e cartesiana: signos e não-signos, assim como também mundo mental e mundo material estão em franca oposição. A semiótica de Peirce é baseada na premissa do signo como mediador entre esses opostos: signos não se referem a referentes, eles representam objetos a uma mente, mas o objeto de um signo pode ser existente ou não-existente, um sentimento ou uma idéia, algo meramente imaginário ou até mesmo falso. O artigo examina a natureza de objetos imaginários, não-existentes e não figurativos, tais como unicórnios, fênixes ou pinturas não-representativas, mostrando por que representações verbais ou visuais de seres imaginários e até mesmo pinturas não-representativas, que parecem não representar nada, são signos completamente desenvolvidos com uma variedade de objetos que determina sua representação.