Desde o final do século XIX, gradual e crescentemente, a noção de sujeito legada por Descartes vem passando por uma crise radical. Começando com a psicanálise e a filosofia, os discursos sobre essa crise hoje tomam conta de uma multiplicidade de áreas. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é argumentar que C. S. Peirce e M. M. Bakhtin não apenas foram pioneiros na crítica ao sujeito cartesiano, como também apresentaram concepções originais da noção do self baseadas no papel central que a linguagem desempenha na constituição do ser humano.