Informação, Antecipação, Largura, Profundidade, Interpretante, Proposição, Símbolo, Causação final
Resumo
Duas concepções de informação entrelaçam seus caminhos pelos escritos de Peirce. A primeira surge em 1865, na famosa fórmula “compreensão x extensão = informação” e liga fortemente informação com o recém nascido interpretante. A segunda concepção emana da definição peirciana tardia de signo como um meio que “comunica formas”, que acarreta uma concepção de informação mais dinâmica e processual. Depois de discutir a relevância potencial da contribuição de Peirce à teoria da informação, mostro como o precoce re-cálculo, por Peirce, das duas quantidades lógicas da largura e da extensão levaram-no a definir a terceira quantidade como informação. O metapapel do interpretante é, então, esclarecido para explicar o que torna especial aquela terceira quantidade. A concepção de antecipação de Mihai Nadin é, então, introduzida, e discuto sua pertinência no entendimento da natureza télica da informação. Isso feito, volto aos escritos tardios de Peirce e discuto sua concepção de “informação genuína”, antes de propor uma análise dos três tipos de “influência”, ou determinação, que constituem a informação.