O debate que deu origem ao presente artigo ocorreu em uma controvérsia pública a respeito da existência de uma entidade nosológica psiquiátrica intitulada como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e recentemente incorporada nos manuais classificatórios mais relevantes desta especialidade médica. Entretanto, embora nos sirvamos da controvérsia como um estudo de caso, o que pretendemos neste artigo é uma investigação do conceito de “existência”, sob a perspectiva da filosofia analítica da linguagem. A nosso ver, tal debate escamoteia um intrincado e antigo problema filosófico.