Prostituição, cidade e imprensa: um ensaio sobre Aracaju na Era Vargas (1937-1945)
Palavras-chave:
Prostituição, Imprensa, Espaço UrbanoResumo
O presente artigo pretende analisar algumas representações sócio-espaciais que envolvem o passado da cidade de Aracaju durante o regime ditatorial do Estado Novo no Brasil (1937-1945). A imprensa periódica, os memorialistas e os escritores que a descreveram se detiveram na caracterização dos espaços da cidade e na produção de representações sócio-espaciais, muitas vezes contraditórias. A imprensa, por exemplo, se ocupou, nessa época, em exibir as ações do governo para conter os problemas que poderiam ameaçar as políticas eugenistas do Estado, e contribuiu para personificação e combate à prostituição feminina e aos espaços de sua atuação. No foco das representações, também se destacam, entre outras coisas, a periferia da cidade, os espaços de lazer e sociabilidades e sua população. Memorialistas e escritores, somados a imprensa periódica (e as diversas vozes e representações que se revelam), se fizeram muito importantes como instrumento de caracterização e caricaturização dos espaços e dos consumidores da cidade, bem como, foram (são) responsáveis por alimentar uma determinada compreensão dos corpos e dos papeis sociais dos gêneros no espaço urbano aracajuano.Downloads
Edição
Seção
Artigos
Licença
Copyright (c) 2012 Waldefrankly Rolim de Almeida Santos, Eudorica Luciana Almeida Leão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.