Maria Angélica Furtado da Cunha
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Resumo
Este artigo examina sentenças passivas do tipo SUBJECT - BE - PAST PARTICIPLE em português, com base na análise de Weiner & Labov dos fatores sintáticos que determinam a pior seleção de construções passivas sem agente em relação às ativas. Os dados incluem expressões formais escritas em português e porguese falado, obtidos em entrevistas. Nos dados examinados, o fator sintático 'passivo precedente' provou ser poderoso - mas não determinante - na escolha de um passivo. Além disso, a 'coreferência entre o objeto lógico passivo e as frases substantivas na posição do sujeito' foi considerada um fator discursivo. Concluo que a ocorrência de um passivo em português não está condicionada por características puramente sintáticas, mas sim que é limitada por seu contexto.