O português falado em comunidades indígenas de língua Tupí-Guaraní nos estados do Pará e Maranhão: o contínuo dialetal étnico/não étnico no campo semântico Atividades Agropastoris
Autores
Eliane Oliveira da Costa
Universidade Federal do Pará. Belém, Pará
Abdelhak Razky
Universidade Federal do Pará. Belém, Pará
Regis José da Cunha Guedes
Universidade Federal Rural da Amazônia. Belém, Pará
Palavras-chave:
Variação lexical, Áreas indígenas, Tupí-Guaraní, Contínuo dialetal
Resumo
Este estudo integra o projeto Atlas Linguístico do Português em Áreas Indígenas (ALiPAI) e investiga, à luz da Dialetologia Pluridimensional e Relacional (Thun, 1998) e da Geossociolinguística (Razky, 1998), a variação lexical do português falado por índios de origem Tupí-Guaraní dos estados do Pará e Maranhão, a partir do campo semântico Atividades Agropastoris do Questionário Semântico-Lexical (QSL), aplicado para esta pesquisa. Considerou-se as dimensões diatópica, diassexual, diageracional, diastrática e dialingual. Os resultados refletem um contínuo dialetal étnico não homogêneo na área considerada e entre esta e áreas não indígenas localizadas no mesmo espaço geográfi co das TIs pesquisadas. Dessa forma, conclui-se que as áreas indígenas consideradas são fortemente infl uenciadas pelas comunidades não indígenas que as rodeiam.