Sistemas de comunicação alternativa e suplementar: princípios de engenharia e design

Autores

  • Fernando C. Capovilla Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia
  • Elizeu Coutinho de Macedo Sociedade Brasileira de Neuropsicologia
  • Marcelo Duduchi Faculdade de Tecnologia de São Paulo
  • Alessandra G. S. Capovilla Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia
  • Valéria de O. Thiers Institut de Réadaptation en Déficience Physique de Québec

Resumo

Sistemas de comunicação alternativa para paralisados cerebrais dividem-se em pictoriais e simbólicos. Os pictoriais representam os referentes por analogia física e não por convenção arbitrária, o que lhes confere iconicidade e clareza denotativa, sendo bem compreendidos, aprendidos e lembrados por crianças, estrangeiros e cérebro-lesados. Contudo, o universo de significados que podem representar restringe-se ao imaginável. Já os simbólicos representam referentes por convenções arbitrárias, usando regras de recombinação e sintaxe específica, o que resulta em opacidade denotativa, mas lhes permite representar virtualmente qualquer conceito, imaginável ou não. Sistemas pictoriais incluem os pictogramas do Pictrogram-Ideogram Communication, de Maharaj, e os desenhos de linha do Picture Communication Symbols, de Johnson. Os simbólicos mais avançados incluem a semantografia Bliss e os sistemas de sinais baseados nas línguas de sinais para surdos. Este artigo apresenta os princípios que norteiam a computadorização de tais sistemas com recursos de multimídia para permitir comunicação on line e pré-stored tanto face-a-face quanto à distância, via redes. Discute aspectos de engenharia e desing dos sistemas, além de princípios de indicação clínica. Apresenta também um sistema para ensino dos símbolos da semantografia Bliss a paralisados cerebrais, cuja eficácia é analisada experimentalmente no segundo artigo da série.

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