Memória de trabalho em paralisia cerebral: primazia, recência e consolidação
Resumo
Dois experimentos avaliaram o grau de desenvolvimento da memória de trabalho e a natureza do ensaio subjacente à consolidação de informação. Participou um paralisado cerebral espástico-atetóide não vocal e não-alfabetizado de 15a3m de idade, e usuário de sistema de comunicação computadorizado ImagoAna Vox havia dois anos. O Experimento 1 usou uma variante do procedimento de recordação livre, em que, após ouvir cada série de palavras, o sujeito selecionava, via tele sensível no monitor de seu sistema, as figuras cujos nomes eram falados pelo examinador. Foi obtida uma curva de posição serial típica, com acerto superior nos itens iniciais (primazia) e finais (recência). A primazia indica consolidação baseada em algum tipo de ensaio. Replicando o procedimento metade com e metade sem anteparo, o Experimento 2 analisou a natureza do ensaio, se aberto ou encoberto e se visual ou subvocal. O anteparo anulou a primazia e acentuou a recência; e, na sua ausência, a primazia foi tão forte quanto a recência. Assim, a consolidação foi artefato do ensaio aberto de busca visual na tela do sistema. A inabilidade em fazer ensaio encoberto (visuo-espacial ou subvocal) confirma expectativas teóricas para não-alfabetizados.Downloads
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Copyright (c) 2012 Fernando César Capovilla, Leila Regina d' Oliveira de Paula Nunes, Elizeu Coutinho de Macedo

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