Inteligibilidade da fala em portadores da síndrome de Down: relações com praxia motora oral, memória auditiva verbal, idade, sexo e nível intelectual

Autores

  • Mauro Spinelli Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Fonoaudiologia
  • Elisa Maria do Céu Batista Moreira Garcez
  • Mara Sarruf
  • Alessandra Alario Endsfeldz
  • Alessandra Marin
  • Maria Teresa Siqueira Cunha Ayuso
  • Lucimara Mantovani Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Fonoaudiologia
  • Ana Cecília Marques Cintra Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Fonoaudiologia
  • Priscila Marchetti Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Fonoaudiologia
  • Maria Cristina Antunes Pascalichio Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Fonoaudiologia

Palavras-chave:

Síndrome de Down, inteligibilidade de fala, Fonoaudiologia.

Resumo

Foram estudados 45 portadores da síndrome de Down, de idades entre 5 e 13 anos, quanto à inteligibilidade de fala. Mais de 70% das emissões não repetitivas foram inteligíveis em 16 sujeitos, menos de 40% foram inteligíveis em 17, e 12 sujeitos ficaram em situação intermediária. Os dois grupos extremos, com boa e má inteligibilidade – respectivamente I e II – foram, então, comparados quanto às respostas em duas provas motoras orais e em duas provas de memória auditiva. O grupo I obteve resultados significativamente melhores nas 4 provas. Os dois grupos foram estudados também quanto ao sexo, à idade e aos resultados em testes de inteligência. Testes estatísticos mostraram diferença significativa na freqüência de ininteligibilidade segundo o sexo e a influência do nível intelectual na qualidade da fala. Não houve relação entre idade e inteligibilidade. Esses resultados apóiam a presença de fatores específicos interferindo na inteligibilidade, distribuídos desigualmente na síndrome, a participação relativa, não consistente, do nível intelectual na qualidade de fala e a maior tendência à ininteligibilidade nos meninos. Tais achados apontam para a possibilidade da identificação precoce dos portadores da síndrome com maior risco para ininteligibilidade e também para a relevância de estudos mais profundos sobre a gênese da ininteligibilidade de fala na síndrome de Down.

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