Sulco vocal: a conquista do equilíbrio através do processo terapêutico

Autores

  • Soraya Mahmoud Farghaly
  • Flávia Steuer Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia

Palavras-chave:

sulco vocal, equilíbrio, processo terapêutico.

Resumo

Neste artigo, descreve-se e discute-se o processo terapêutico de um professor de 30 anos com sulco vocal. A queixa inicial foi de cansaço ao falar, dor e ardor na garganta após as aulas, persistindo por um ano a partir do momento em que aumentou o número de aulas dadas. Na avaliação fonoaudiológica inicial, o paciente apresentava voz alterada, bitonal, com esforço fonatório visível à fonação e funcionamento vocal ruim e fixo em uma única maneira para qualquer situação de uso de voz. Por meio de técnicas vocais e pela compreensão de como o paciente respondia e a elas e conseguia modificar seu uso de voz a fonoterapia ofereceu condições de experimentar diferentes modos de funcionamento vocal, até ser descoberto o mais eficiente, equilibrado e confortável para ele. Neste caso, a fonoterapia assumiu uma importância fundamental na maneira com que o paciente utilizava a voz, um uso que não conseguia dar conta de sua demanda vocal. Na alta fonoaudiológica, a qualidade vocal ainda apresentava-se limitada, com características vocais que auditivamente não deixavam a impressão de uma voz sem desvios, mas sim de uma voz adaptada, com uma certa aspereza e um pitch agudizado. No entanto, o paciente apresentava melhora na voz disponível, com funcionamento vocal mais equilibrado e controle do comportamento vocal, sendo capaz de cumprir diversas exigências fonatórias e vocais de modo satisfatório.

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