Aplicações clínicas das emissões otoacústicas – produto de distorção em indivíduos com perda auditiva induzida por ruído ocupacional

Autores

  • Maria Esperanza Santos Parrado Moran
  • Ana Claudia Fiorini

Palavras-chave:

emissões otoacústicas – produto de distorção, trabalhadores, perda auditiva, ruído.

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi estudar os registros das emissões otoacústicas – produto de distorção (EOAPD), em sujeitos que apresentaram perda auditiva neurossensorial decorrente de exposição a ruído ocupacional. Pra este estudo foram selecionados 89 trabalhadores (135 orelhas) de 20 a 60 anos de idade, de uma indústria têxtil, com perdas neurossensorais em pelo menos uma freqüência audiométrica, na faixa de 3 a 6kHz. Além da anamnese clínica, da audiometria, da medida da função da orelha média, foram obtidos os registros de emissões otoacústicas – produto de distorção com L1 = 65 dPNPS e L2 = dBNPS. Como resultado se observou que a ordem de acometimento das freqüências audiométricas foi 6k, 4k, 8k e 3 kHz. A ocorrência de respostas presentes no teste de EOAPD foi estatisticamente significativa na faixa de f2 de 2,5kHz a 6kHz. Isso indica uma correlação estatística entre a perda audiométrica e o teste de EOAPD em freqüências altas. Os resultados indicaram que as orelhas cujos limiares audiométricos eram de, no máximo, 30 dBNA apresentaram respostas presentes no teste de EOAPD com L1 = 65 dBNPS e L2 = 55 dBNPS. Sendo assim, quanto maiores os limiares audiométricos e o número de freqüências acometidas, menores serão as amplitudes de resposta no teste de EOAPD. Desta forma, o teste de EOAPD mostra-se sensível para auxiliar o acompanhamento clínico das perdas auditivas em conjunto com a audiometria tonal.

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