O caráter sintomático do sintoma: 'erros patológicos' eas abordagens cognitivas ou pragmáticas do uso da linguagem

Autores

  • Maria Francisca Lier-De Vitto

Palavras-chave:

erros patológicos de fala, fala sintomática, abordagens pragmáticas da fala patológica, abordagens cognitivas da fala sintomática

Resumo

As falas sintomáticas não têm recebido atenção devida no campo dos estudos lingüísticos. Embora a Pragmática tenha como objeto/questão a linguagem em uso e a interação, nem todos os usuários e nem toda comunicação têm sido consideradas. Entendo que a exclusão de certos falantes/certas interações está intimamente relacionada, tanto à sua origem filosófica, quanto à perspectiva gramatical adotada na abordagem da fala. Sustento que as falas sintomáticas violam as próprias bases desse campo: (1) o falante não se mostra em controle da linguagem – o que fere a concepção de sujeito epistêmico e (2) não é possível realizar uma descrição gramatical stricto sensu dos enunciados ditos patológicos. Portanto, a avaliação de sua dependência contextual, sua relevância ou adequação fica inviabilizada. Proponho que erros patológicos podem ser abordados por uma teoria que implique a ordem própria da língua e uma concepção de sujeito dividido (psicanalítico), que é compatível com a implicação do funcionamento da linguagem.

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Biografia do Autor

Maria Francisca Lier-De Vitto

Professora titular (PUC-SP); docente do Programa de Estudos Pós-Graduados em Lingüísitca Aplicada e Estudos da Linguagem (Lael/PUC-SP); coordenadora do Comitê de Pesquisa da Derdic.

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