Emissões otoacústicas – produto de distorção: estudo de diferentes relações de níveis sonoros no teste em indivíduos com e sem perdas auditivas

Autores

  • Ana Claudia Fiorini
  • Maria Esperanza Santos Parrado-Moran

Palavras-chave:

emissão otoacústica – produto de distorção, nível do estímulo, limiares normais, perda auditiva neurossensorial

Resumo

O teste de emissões otoacústicas é um exame complementar com diversas aplicações clínicas fundamentais para o diagnóstico audiológico. Objetivo: o objetivo desta pesquisa foi estudar diferentes parâmetros de relação de níveis sonoros no teste de emissões otoacústicas – produto de distorção (EOAPD) em indivíduos com e sem perdas auditivas. Método: a pesquisa foi um estudo transversal de inquérito que comparou os registros de EOAPD realizados com diferentes relações de intensidade entre 80 indivíduos (160 orelhas) com audiometria entre 0 e 20 dBNA (grupo 1) e 89 trabalhadores (135 orelhas) de uma indústria têxtil indivíduos com perda auditiva neurossensorial a partir de 3kHz (grupo 2). Resultados: a prevalência de respostas presentes do teste de EOAPD no Grupo 1 foi de 70%, e não foram observadas diferenças estatisticamente significantes quando comparados os registros com L1=L2= 70 dBNPS e L1= 65 e L2= 55 dBNPS. No Grupo 2, o teste com L1=L2= 70 dBNPS indicou um número maior de respostas presentes em todas as freqüências 2, mesmo considerando ser este o grupo com perdas auditivas a partir de 3kHz. A presença de resposta passou a ter diferença estatisticamente significativa a partir de 2,5 kHz (Z=-2,117 e p=0,034). Porém, a análise estatística indicou maior correlação (Spearman) das respostas dos testes de EOAPD com os limiares audiométricos no teste com L1= 65 e L2= 55 dBNPS. Houve correlação também entre a idade, o tempo de exposição a ruído ocupacional e a perda auditiva nas respostas com L1= 65 e L2= 55 dBNPS. Conclusão: devido aos resultados na correlação dos testes de EOAPD com as variáveis analisadas, o parâmetro com L1=65 e L2=55 dBNPS mostrou ser o mais indicado, tanto para indivíduos com perdas auditivas, quanto sem perdas auditivas.

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Biografia do Autor

Ana Claudia Fiorini

Doutora em Saúde Pública pela FSP/USP, professora associada da PUC-SP e fonoaudióloga da Derdic – PUC-SP.

Maria Esperanza Santos Parrado-Moran

Doutora em Neurociências e Comportamento pela USP e professora assistente-doutora do Centro Universitário São Camilo/SP.

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