Perfil das condutas alimentares de idosos com delirium durante a internação hospitalar

Autores

  • Paula Pelegrini
  • Juliana Paula Venites
  • Tereza Leofredo Bilton

Palavras-chave:

delirium, deglutição, idoso

Resumo

É comum pacientes com delirium apresentarem dificuldades alimentares como resistência à alimentação, inabilidade em lidar com o alimento e aspiração do alimento ao deglutir, devido a uma alteração temporária na cognição. O objetivo foi descrever as condutas fonoaudiológicas alimentares estabelecidas para idosos hospitalizados com diagnóstico de delirium e verificar a ocorrência de pneumonia aspirativa durante este período de internação. Foram estudados 33 prontuários de pacientes internados em uma enfermaria Geriátrica, com de idade entre 60 e 90 anos. A seleção desses pacientes foi realizada através do diagnóstico médico de delirium e as informações foram coletadas através da base de dados fonoaudiológicos. Os dados foram reunidos em um protocolo e divididos em: perfil da população, condutas fonoaudiológicas realizadas e a ocorrência de pneumonia aspirativa. Após tabulação e análise estatística dos dados, observamos que, quanto ao perfil da população, 51,5% eram do sexo masculino, 36,4% tinham 81 a 90 anos, 54,5% permaneceram entre um a quinze dias internados, 39,4% permaneceram com delirium durante um a sete dias e 57,6% receberam alta hospitalar. Quanto às condutas fonoaudiológicas, 36,4% utilizaram a via oral para alimentação; 94,7% ingeriram alimentos de consistência pastosa geriátrica; 54,4% eram dependentes totais para o posicionamento e 100% dos pacientes não apresentaram pneumonia aspirativa nesse período. Concluiu-se que é possível alimentar por via oral os pacientes com delirium, desde que eles não apresentem riscos de aspiração e sejam diariamente acompanhados pelo fonoaudiólogo.

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Biografia do Autor

Paula Pelegrini

Fonoaudióloga clínica, especialista em Gerontologia pela Unifesp, especialista em Motricidade Orofacial pelo CRFa/Unifesp.

Juliana Paula Venites

Fonoaudióloga clínica, especialista em Gerontologia e Motricidade Oral, mestre em Ciências pela Unifesp e professora do Centro Universitário Nove de Julho (Uninove).

Tereza Leofredo Bilton

Fonoaudióloga clínica, professora associada da PUC-SP, especialista em Audição, Motricidade Oral e Gerontologia e membro do Centro Diagnóstico Fleury.

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Artigos