Relação entre avaliação vocal, acústica e qualidade de vida em voz de mulheres com diferentes graus de Edema de Reinke

Autores

  • Juliana Benthien Cavichiolo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)
  • Paula Andressa Gnatkowski Hospital das Clinicas da Universidade Federal do Parana (HC/UFPR)
  • Ana Paula Dassie-Leite Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO
  • Eliane Cristina Pereira Prefeitura Municipal de Prudentópolis (PR)
  • Evaldo Macedo Filho Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)
  • Guilherme Catani Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)
  • Elmar Allen Fugmann Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i1p147-159

Palavras-chave:

Edema laríngeo, Voz, Distúrbios da voz, Fumar, Qualidade de vida

Resumo

Introdução: O Edema de Reinke caracteriza-se por um processo inflamatório crônico que acomete a camada superficial da lâmina própria da prega vocal. Atualmente, sua etiologia é atribuída ao tabagismo associado ao abuso vocal. Objetivo: Relacionar os dados das avaliações vocal, acústica e de qualidade de vida em voz com o grau do Edema de Reinke em mulheres. Método: Estudo observacional, analítico, transversal e prospectivo. Participaram 22 mulheres, com idades entre 45 e 78 anos (média 58,3), que foram submetidas à avaliação laringológica para observação das variáveis referentes ao grau do edema e a associação com outras lesões e/ou alterações laríngeas; avaliação perceptivo-auditiva da voz; análise acústica da voz; e auto avaliação vocal por meio do protocolo Qualidade de Vida em Voz (QVV). Os exames laringoscópicos e as amostras vocais foram analisados por juízes especialistas. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente pelo teste de Mann-Whitney. Os sujeitos foram agrupados em dois grupos: Grupo 1 (G1) (edema grau 1) e Grupo 2 (G2) (edemas graus 2 e 3). Resultados: O G2 apresentou piores resultados do que o G1 quanto ao maior número de sintomas vocais; maior grau de desvio vocal na avaliação perceptivo-auditiva; resultados mais alterados nas medidas acústicas jitter, shimmer e proporção GNE; valores mais baixos em todos os domínios do QVV, indicando pior qualidade de vida. Conclusões: As características laringológicas referentes à progressão do Edema de Reinke estão diretamente relacionadas à piora dos parâmetros perceptivo-auditivos e acústicos da voz e a um maior impacto negativo da disfonia na qualidade de vida.

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Biografia do Autor

Juliana Benthien Cavichiolo, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)

Médico Otorrinolaringologista

Serviço de Endoscopia PerOral do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR), Brasil.

Paula Andressa Gnatkowski, Hospital das Clinicas da Universidade Federal do Parana (HC/UFPR)

Aluna do Programa de pós Graduação em Saude da Criança e do Adolecente nivel mestrado no Hospital das Clinicas da Universidade Federal do Parana (HC/UFPR). 

Ana Paula Dassie-Leite, Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO

Fonoaudióloga

Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Estadual do Centro-Oeste/ UNICENTRO - Irati (PR), Brasil.

Eliane Cristina Pereira, Prefeitura Municipal de Prudentópolis (PR)

Fonoaudióloga

Prefeitura Municipal de Prudentópolis (PR)

Evaldo Macedo Filho, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)

Médico Otorrinolaringologista

Serviço de Endoscopia PerOral do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR), Brasil.

Guilherme Catani, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)

Médico Otorrinolaringologista

Serviço de Endoscopia PerOral do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)

Elmar Allen Fugmann, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR)

Médico Otorrinolaringologista

Serviço de Endoscopia PerOral do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná/UFPR – Curitiba (PR), Brasil.

Publicado

2019-03-29

Edição

Seção

Artigos