Auto-percepção de usuários de implante coclear unilateral sobre o uso combinado de prótese auditiva contralateral

Autores

  • Gislene Freitas Generoso Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia
  • Ana Tereza Matos Magalhães Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia
  • Maria Valéria Schmidt Goffi-Gomez Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia
  • Robinson Koji Tsuji Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia
  • Ricardo Ferreira Bento Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i3p369-379

Palavras-chave:

Surdez, Implantes cocleares, Auxiliares de audição, Adultos, Inquéritos e Questionários

Resumo

Introdução: Vários estudos mostram a importância do uso combinado do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) com implante coclear (IC), entretanto nem todos os usuários de IC usam a adaptação bimodal efetivamente. Objetivos: Identificar as características e os motivos que permeiam o uso combinado dos dispositivos em adultos usuários de IC com AASI na orelha contralateral. Método: Foi aplicado um questionário com 39 perguntas fechadas relacionadas à experiência com AASI antes e após a cirurgia do IC em usuários bimodais. A amostra foi dividida segundo as médias tritonais de limiares na orelha contralateral ao IC. Grupo 1: até 100 dBHL e Grupo 2: acima de 100 dBHL. Resultados: Foram avaliados 49 adultos, com mediana de limiares auditivos no grupo 1: 92 dB e no grupo 2: 114 dB. Após a cirurgia do IC, 78% do grupo 1 e 73% do grupo 2 continuaram a usar AASI por 10 horas diárias ou mais. 41% do grupo 1 e 65% do grupo 2 precisaram de um a três ajustes por ano no AASI, porém 41% do grupo 1 e 31% do grupo 2 não haviam realizado nenhuma regulagem no último ano. Ambos os grupos responderam que sentem benefícios na estimulação bimodal para situações silenciosas, ruidosas, em locais reverberantes e na percepção da música. Na percepção da localização sonora apenas 35% do grupo 1 e 12% do grupo 2 percebem que usar o bimodal ajuda na identificação da direção do som. Conclusão: A maioria dos pacientes prefere usar a estimulação bimodal em situações diárias, independentemente do resíduo auditivo do ouvido contralateral ao IC.

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Biografia do Autor

Gislene Freitas Generoso, Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Fonoaudióloga fellow do curso de Capacitação em serviço na Equipe de Implante Coclear do Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Ana Tereza Matos Magalhães, Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Fonoaudióloga da Equipe de Implante Coclear do Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Maria Valéria Schmidt Goffi-Gomez, Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Fonoaudióloga coordenadora da Equipe de Implante Coclear do Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Robinson Koji Tsuji, Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Otorrinolaringologista da Equipe de Implante Coclear do Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Ricardo Ferreira Bento, Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Departamento de Otorrinolaringologia

Otorrinolaringologista chefe do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas- Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo , Livre Docência pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.

Publicado

2019-10-28

Edição

Seção

Artigos