Validação do conteúdo de um protocolo de avaliação da motricidade orofacial em lactentes

Autores

  • Ana Cristina Kirschner Klitzke Universidade do Vale do Itajaí
  • Síntia Carolini Chitz Universidade do Vale do Itajaí
  • Mara Keli Christmann Universidade do Vale do Itajaí
  • Marileda Catelam Tomé Andrews University
  • Graziela Liebel Universidade do Vale do Itajaí

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i3e59104

Palavras-chave:

Sistema estomatognático, Lactente, Comportamento alimentar, Protocolos Clínicos

Resumo

Introdução: Muitos estudos têm se dedicado a compreender melhor a dinâmica da avaliação das estruturas e funções estomatognáticas de lactentes; até a presente pesquisa não foram encontrados estudos específicos para essa faixa etária, até recentemente. Objetivo: Validar o conteúdo de um instrumento fonoaudiológico de avaliação da motricidade orofacial para lactentes na faixa etária de um mês a dois anos. Metodologia: Foi elaborado o instrumento para “avaliação fonoaudiológica da motricidade orofacial de lactentes de um mês a dois anos” a partir dos dados obtidos na literatura. A validação do conteúdo do instrumento se deu por meio da avaliação de quatro juízes para clareza dos itens propostos no protocolo e da representatividade dos mesmos no processo de validação do conteúdo. Os juízes classificaram cada item quanto à clareza, a partir de uma escala tipo Likert de quatro pontos, sendo: (4) muito claro, (3) claro, (2) pouco claro, (1) sem clareza, com o propósito de realizar a validação do conteúdo por meio da aplicação da equação do Índice de Validação do Conteúdo (IVC). Resultados: O protocolo desenvolvido possui 8 itens e uma breve anamnese: Hábitos Orais; Avaliação Estrutural; Respiração; Voz; Avaliação Funcional; Alimentação e Deglutição - líquidos e alimentos em pedaços; Diagnóstico Fonoaudiológico. A etapa seguinte contou com a análise da representatividade e para clareza dos itens do protocolo pelos juízes, e após a segunda análise, a validação do conteúdo resultou na permanência dos 8 itens com Índice de Validade de Conteúdo total de 100%. Conclusão: O conteúdo do protocolo foi considerado válido para uso na avaliação do público-alvo, comprovado por profissionais com experiência na área. A versão final do Protocolo de avaliação fonoaudiológica da motricidade orofacial de bebês foi finalizada com 8 itens de avaliação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Cristina Kirschner Klitzke, Universidade do Vale do Itajaí

Acadêmica do Curso de Fonoaudiologia, Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – (SC), Brasil

Síntia Carolini Chitz, Universidade do Vale do Itajaí

Acadêmica do Curso de Fonoaudiologia, Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – (SC), Brasil

Mara Keli Christmann, Universidade do Vale do Itajaí

Docente do Curso de Fonoaudiologia, Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – (SC) e docente do curso de Fonoaudiologia da Faculdade IELUSC (SC), Brasil

Marileda Catelam Tomé, Andrews University

Docente School of Communication Sciences and Disorders College of Health and Human Services - Andrews University

Referências

Dantas VPS, Brandão TC, Boger, ME. Rotina fonoaudiológica na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital materno infantil. Rev Med Saúde Brasília. 2017; 6(1): 29‐39.

Martinelli RLC, Marchesan IQ, Berretin-Felix G. Protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês. Revista CEFAC. 2012; 14(1): 138-45. doi: 10.1590/S1516-18462012000100016.

Medeiros AMC, Nobre GRD, Barreto IDC, Jesus EMS, Folha GA, Matos ALS et al. Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores Expandido: AMIOFE-E LACTENTES (6-24 MESES). CoDAS. 2021; 33(2): e20190219. doi: 10.1590/2317-1782/20202019219.

Medeiros AMC, Marchesan IQ, Genaro KF, Barreto IDC, Berretin-Felix G. Protocolo MMBRG – Lactentes e Pré-Escolares: Exame Clínico Miofuncional Orofacial. CoDAS. 2022; 34(5): e20200325. doi: 10.1590/2317-1782/20212020325 1/16.

Chitz SC, Klitzke ACK, Christmann MK, Liebel G. Avaliação fonoaudiológica da motricidade orofacial de bebês de um mês a dois anos de idade: uma revisão integrativa de literatura. In: Zuliani LM, organizadora. Fonoaudiologia, aprendizagem e educação. Ponta Grossa - PR: Atena; 2022. 8-17.

Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciênc saúde coletiva. 2011; 16(7): 3061-8. doi: 10.1590/S1413-81232011000800006.

Devellis, RF. Scale development. Theory and applications. 4ª ed. Los Angeles: Sage; 2017.

Polit DF, Beck CT. The content validity index: are you sure you know what’s being reported? Critique and recommendations. Res Nurs Health. 2006; 29(5): 489-97.

Zanin LE, Melo DH, Carneiro MSM, Gomes JM, Pinto VPT, Silva LWB et al. Proposta e validação de um protocolo de triagem para identificar as manifestações fonoaudiológicas na hanseníase. Rev. Bras. em Promoção da Saúde. 2016; 29(4): 564-73. doi: 10.5020/18061230.2016.p564.

Miguel SMC. Protocolo de avaliação da motricidade orofacial–revisto: Aplicabilidade, sensibilidade e fidedignidade [dissertação]. Lisboa: Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Mestrado em Terapia da Fala; 2017.

Genaro KF, Feliz GB, Rehder MIBC, Marchesan IQ. Avaliação miofuncional orofacial: protocolo MBGR. Revista Cefac. 2009; 11(2): 237-55. doi: 10.1590/S1516-18462009000200009.

Martinelli RLC, Marchesan IQ, Berretin-Felix G. Protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês. Revista CEFAC. 2012; 14(1): 138-45. doi: 10.1590/S1516-18462012000100016.

Mosele PG, Santos JF, Godói VC, Costa FM, Toni PM, Fujinaga CI. Instrumento de avaliação da sucção do recém-nascido com vistas à alimentação ao seio materno. Revista CEFAC. 2014; 16(5): 1548-57. doi: 10.1590/1982-0216201426412.

Pimentel PCV. Proposta de elaboração de um protocolo de avaliação fonoaudiológica da disfagia infantil [trabalho de conclusão do curso]. Belo Horizonte (MG): Universidade Federal de Minas Gerais. Curso de Fonoaudiologia; 2009.

Silveira LM. Habilidades orais em crianças: validação de instrumento e influência de hábitos orais e do aleitamento materno [dissertação]. Santa Maria (RS): Universidade Federal de Santa Maria. Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana; 2011.

Medeiros AMC, Bernardi AT. Alimentação do recém-nascido pré-termo: aleitamento materno, copo e mamadeira. Rev soc bras fonoaudiol. 2011; 16(1): 73-9. doi: 10.1590/S1516-80342011000100014.

Martinelli RLC, Marchesan IQ, Lauris JR, Honório HM, Gusmão RJ, Berretin-Felix G. Validade e confiabilidade da triagem: “teste da linguinha”. Revista CEFAC. 2016; 18(6): 1323-31. doi: 10.1590/1982-021620161868716.

Silva AIV. A erupção na dentição decídua. Instituto Universitário de Ciências da Saúde. 2019.

Medeiros AMC, Santos JCJS, Santos DAR, Barreto IDC, Alves YVT. Acompanhamento fonoaudiológico do aleitamento materno em recém-nascidos nas primeiras horas de vida. Audiolo Commun Res. 2017; 22: 1-8. doi: 10.1590/2317-6431-2017-1856.

Souza GMO, Souza G, Melo TO, Botelho KVG. Principais hábitos bucais deletérios e suas repercussões no sistema estomatognático do paciente infantil. Cie Bio Saúde Unit. 2017;3(2):9-18.

Martins LS. Eventos Adversos Relacionados à Ventilação Mecânica em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. Mestrado em Ciências da Saúde; 2019.

Calado DFB, Souza R. Intervenção fonoaudiológica em recém-nascido pré-termo: estimulação oromotora e sucção não-nutritiva. Revista CEFAC. 2012; 14(1): 176-81. doi: 10.1590/S1516-18462011005000015.

Crickmay MC. Logopedia y el enfoque bobath en paralisis cerebral. Buenos Aires: Editorial Médica Panamericana; 1987.

Etges CL, Barbosa LDR, Cardoso MC de AF. Desenvolvimento do Instrumento de Rastreio Para o Risco de Disfagia Pediátrica (IRRD-Ped). CoDAS [Internet]. 2020; 32(5): e20190061. Available from: https://doi.org/10.1590/2317-1782/20202019061

Publicado

2023-12-18

Edição

Seção

Artigos