Qualificação vocal por professores e fonoaudiólogos: similitudes e divergências
Palavras-chave:
distúrbios da voz, docentes, qualidade vocalResumo
O objetivo deste estudo foi analisar a qualifi cação dada por professores às suas próprias vozes e compará-la à avaliação fonoaudiólogica. Foram gravadas as respostas à questão “Como você avalia sua voz?” de 159 professores da rede municipal de ensino de uma cidade do estado de São Paulo. Realizou-se a transcrição ortográfi ca dos discursos e destacaram-se palavras-chave que expressassem as qualidades atribuídas, pelos professores, às suas vozes. Esses dados foram comparados com a avaliação fonoaudiológica e observou-se o nível de concordância entre elas. Os resultados mostraram que 32,6% dos professores usaram atributos positivos como boa (45,0%), alta (16,6%) e normal (15,0%); 63% empregaram atributos negativos como rouca (35,3%); e 4,4% intermediários como razoável (50%). Na avaliação fonoaudiológica sobressaiu a qualidade soprosa (25,30%). A comparação entre as avaliações fonoaudiológica e docente evidenciou que as vozes saudáveis foram classifi cadas, respectivamente, como adaptadas e boas, altas e normais. Para as vozes alteradas, a qualidade rouca foi mais mencionada e coincidente entre os dois segmentos. Professores e fonoaudiólogos utilizaram referenciais diferentes na avaliação vocal, tendo o fonoaudiólogo expressado uma análise técnico-científi ca e o professor sua experiência como usuário da voz. Conclui-se que houve concordância de 55,97% entre a avaliação docente e fonoaudiológica, indicando conhecimento vocal dos professores e que os termos empregados pelos dois segmentos mostram mais concordâncias que discordâncias, apesar das nomenclaturas distintas.Downloads
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