Se silêncio, que silêncio: em cena a clínica fonoaudiológica
Palavras-chave:
clinica fonoaudiológica, linguagem, falaResumo
Esta comunicação propõe-se tematizar o silêncio, confrontando o leitor aos vários silêncios que se apresentam na clínica fonoaudiológica em seu aspecto enigmático de sintoma. Afirma que o silêncio, para ser entendido, deve ser remetido a um modelo de funcionamento dos sintomas de linguagem, formado pelos eixos da fala, língua, escrita, sujeito, outro, processos metafóricos e metonímicos. Vislumbra o sujeito da clínica fonoaudiológica como aquele que se constitui à semelhança do concebido por De Lemos na aquisição de linguagem, dele se afastando por ser dividido, pelo sintoma, em falante e escutante. O manejo terapêutico proposto legitima uma certa ação clínica do fonoaudiólogo que o colocará em uma posição diferencial diante do sintoma, que poderá levar o sujeito silente a descolar-se do silêncio e a identificar-se como sujeito falante. Esta ação clínica do fonoaudiólogo é um metaprocedimento chamado de sanção que age pelas vias da tradução, da transcrição e da transliteração. Para finalizar, o sintoma do silêncio, independentemente da forma assumida, indicia tão somente a presença, no diálogo, de um sujeito falante cuja fala é vazia ou falta. Esta falta aí está para ser escutada, pois dessa escuta irá derivar o manejo terapêutico que tomará formas diversas na dependência de sua escuta e interpretação.Downloads
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