Saúde Vocal e gênero: diferenças em relação à saúde geral, hábitos e sintomas vocais

Autores

  • Léslie Piccolotto Ferreira
  • Mônica Lopes Moreira Nagamine
  • Susana Pimentel Pinto Giannini

Palavras-chave:

voz, distúrbios da voz, epidemiologia

Resumo

Introdução: Pesquisas recentes focalizam o uso da voz e o conhecimento sobre seus cuidados em variadas profissões. Poucos, no entanto, são estudos epidemiológicos realizados com a população em geral. Objetivo: descrever aspectos de saúde geral, hábitos e sintomas relacionados à voz, e comparar estes aspectos segundo o gênero. Método: 300 sujeitos (150 homens/150 mulheres) inscritos em um curso para formação de teleoperador responderam questionário com perguntas referentes aos aspectos em estudo. Os dados foram analisados (teste Mann-Whitney, nível de significância £5%) para comparar diferenças quanto ao gênero. Resultados: entre os problemas de saúde que interferem na voz, 53 (17,6%) dos entrevistados registraram sempre apresentar algum, sendo alergia respiratória(46-15,4%) o mais mencionado. Apenas 26 participantes referiram presença de sintomas vocais(8,6%); sendo garganta seca o mais comum. Mais da metade (157- 52,3%) refere ter hábitos prejudiciais à voz, e falar demais foi o mais citado. Quando a variável gênero foi analisada, houve diferença estatisticamente significante quanto ao sintoma de esforço ao falar e falar muito alto para os homens; e aos sintomas de cansaço ao falar, dor/ardor na garganta e perda de voz quando nervosa, hábito de falar demais, muito rápido e gritar, e a presença de alergias respiratórias para as mulheres. Conclusão: Os dados reforçam o uso de comportamentos vocais que caracterizam socialmente cada gênero e indicam a necessidade de que os fonoaudiólogos considerem as especificidades referentes ao gênero na realização de ações de promoção de saúde vocal.

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Biografia do Autor

Léslie Piccolotto Ferreira

Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana (UNIFESP-EPM); Professora Titular do Departamento de Fundamentos da Fonoaudiologia da PUC-SP (Professora da Faculdade de Fonoaudiologia e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia); Coordenadora e docente do Curso de Especialização em Fonoaudiologia –Voz da PUC-SP/COGEAE

Mônica Lopes Moreira Nagamine

Fonoaudióloga (PUC-SP); Especialista em Voz e em Linguagem; Terapeuta de casal e família.

Susana Pimentel Pinto Giannini

Doutora em Saúde Pública – Epidemiologia (Faculdade de Saúde Pública –USP); fonoaudióloga clínica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (DERDIC/PUC-SP); docente do Curso de Especialização em Fonoaudiologia–Voz da PUC-SP/COGEAE.

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