Caracterização do perfil sociodemográfico, laboral e de sinais e sintomas de agricultores da Microrregião de Irecê-BA
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2025v37i3e71636Palavras-chave:
Agroquímicos, Agricultores, Saúde Ocupacional, Riscos Ocupacionais, AudiçãoResumo
Introdução: Uma vez que os agrotóxicos causam inúmeros prejuízos à saúde e que os agricultores estão expostos a essas substâncias, o conhecimento dos aspectos laborais em relação ao uso de agrotóxicos, de suas práticas, bem como sinais e sintomas referentes a possíveis intoxicações, é fundamental para proporcionar uma melhor assistência à saúde. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico, laboral e os sinais e sintomas de agricultores da Microrregião de Irecê-BA. Métodos: Estudo transversal, envolvendo 45 agricultores de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, pertencentes aos municípios de Lapão e João Dourado, cidades pertencentes à Microrregião de Irecê-BA. Aplicou-se um questionário, elaborado pelas autoras, para a obtenção dos dados de caracterização da amostra. Resultados: Participaram do estudo 45 agricultores, 53,3% do município de Lapão e 46,7% de João Dourado, do sexo masculino (62,2%), faixa etária de 50 a 59 anos (33,3%), cor da pele/raça parda (48,9%), com ensino fundamental incompleto. Relataram utilizar agrotóxicos 27 participantes, com mais de 80% referindo utilizar algum equipamento de proteção individual. Com relação a autopercepção de sinais/sintomas após iniciar o trabalho com agrotóxicos, 53,8% referiram dor de cabeça e 16,7% problemas auditivos. Conclusão: Os agricultores da região estudada são predominantemente homens entre 50 e 59 anos, pardos e com nível de escolaridade baixa, utilizam agrotóxicos no ambiente ocupacional e equipamentos de proteção individual de maneira incompleta e relatam sentir dor de cabeça. Quatro participantes tiveram a percepção de passar a apresentar problemas auditivos a partir do momento em que começaram a trabalhar com agrotóxicos.
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