Perfil otoneurológico e sintomatológico em pacientes vertiginosos

Resumo

Introdução: a manutenção do equilíbrio corporal durante a movimentação do corpo e da cabeça depende de uma harmoniosa interação entre os sistemas sensoriais motores e um processamento preciso dessas informações. Se houver uma lesão em algum desses sistemas, ocorrerá um desencontro nas informações ocasionando um conflito, podendo surgir sintomas de desequilíbrio corporal e as síndromes vestibulares que afetam a qualidade de vida em decorrência da limitação imposta pelos sintomas. Objetivo: descrever os resultados obtidos à aplicação do Dizziness Handicap Inventory adaptado (DHI brasileiro) e compará-los com a avaliação auditiva e vestibular na população pesquisada. Material e Método: a pesquisa foi desenvolvida em uma clínica particular na cidade de Caxias do Sul-RS, em que foram avaliados 29 pacientes, de ambos os sexos e com idades entre 20 e 74 anos, encaminhados pelo médico para a realização do exame otoneurológico devido à queixa de tontura. Os pacientes foram submetidos à avaliação auditiva, avaliação vestibular, Vectoeletronistagmografia e à aplicação do questionário DHI brasileiro. Resultados: foram obtidos 16 exames sem alterações vestibulares; 8 vestibulopatias periféricas deficitárias (VPD) e 5 vestibulopatias periféricas irritativas (VPI). Conclusões: Quanto à sintomatologia, o estudo demonstrou a presença de sintomas otoneurológicos comuns aos diferentes distúrbios vestibulares. À aplicação do DHI brasileiro, tanto os paciente com síndromes vestibulares quanto os que não tiveram exames alterados, apresentam prejuízos em sua qualidade de vida, independente do aspecto analisado. Porém, a VPD se destaca com percentuais elevados de respostas em todos os aspectos. Na avaliação audiológica, encontrou-se maior incidência de perda auditiva entre as VPD.