A violência na escola e os distúrbios de voz de professores

Autores

  • Léslie Piccolotto Ferreira
  • Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre
  • Susana Pimentel Pinto Giannini

Palavras-chave:

voz, distúrbios da voz, violência, docentes

Resumo

Objetivo: verificar a associação entre a presença autorreferida de distúrbio de voz e de aspectos relacionados à violência, em professores. Método: Foram selecionados 422 professores da rede municipal de ensino de São Paulo, que responderam instrumento contendo questões (tipo sim-não) para levantar distúrbio vocal e aspectos referentes à violência escolar. Análise estatística utilizou teste qui-quadrado, sendo distúrbio vocal a variável dependente e situações de violência, as independentes. Para verificar se essas variáveis mantinham significância, independente do sexo e tempo de profissão, realizou-se análise múltipla por modelo de regressão logística. Resultados: 60,0% disseram ter distúrbio vocal. As situações de violência mais mencionadas estiveram relacionadas à indisciplina, pichação e briga. Em sala de aula, o distúrbio vocal esteve estatisticamente associado à ameaça ao professor (p=0,043), e no ambiente escolar em geral, às manifestações de racismo (p=0,029), agressões (p=0,009), insultos (p=0,029), violência à porta da escola (p=0,005), e violência contra funcionários (p=0,042). Todas as variáveis permaneceram estatisticamente associadas ao distúrbio vocal na análise múltipla. Conclusão: a autorreferência à presença de distúrbio de voz está associada a situações frequentes de ameaça ao professor, agressões, insultos, violência à porta da escola ou contra os funcionários, independente dos fatores sexo e tempo de exercício profissional.

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Biografia do Autor

Léslie Piccolotto Ferreira

Professora Titular da Faculdade de Ciencias Humanas e da Saude e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Coordenadora e docente do Curso de Especialização em Fonoaudiologia –Voz – PUC-SP/COGEAE.

Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre

Professora Titular do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Susana Pimentel Pinto Giannini

Fonoaudióloga do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (DERDIC/PUC-SP); docente do Curso de Especialização em Fonoaudiologia–Voz – PUC-SP/COGEAE.

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