Proposta de acolhimento diferenciado a pais de crianças com queixas de alterações de linguagem

Autores

  • Márcia G. Ribeiro
  • Silvia Friedman

Palavras-chave:

acolhimento, família, criança, saúde pública, desenvolvimento de linguagem.

Resumo

Introdução: Tem sido crescente na clínica fonoaudiológica, no âmbito público ou privado, a demanda por atendimento, a crianças com queixas como: “não fala”, “fala pouco”, “fala errado”, ou “apresenta fala ininteligível”. .No Sistema Único de Saúde, a possibilidade de acolher essa demanda constitui-se uma questão relevante em conformidade com as políticas públicas de saúde, baseada nos conceitos de promoção, prevenção e acolhimento. Objetivo: Verificar a eficácia de um procedimento de acolhimento diferenciado, com fins preventivos, a pais de crianças com queixas de alterações de linguagem oral, que aguardam por atendimento fonoaudiológico no Sistema Único de Saúde. Metódo: Trata-se de pesquisa quanti-qualitativa. Participaram da pesquisa seis famílias em fila de espera numa UBS de São Paulo. Foram utilizados 5 instrumentos: 1-Entrevista Inicial com os pais; 2-Avaliação de Linguagem; 3-Questionário de Habilidades e Dificuldades Comunicativas dos Pais; 4-Protocolo de Observação das Atitudes Comunicativas dos Pais preenchido a partir da filmagem de uma atividade lúdica entre pais e respectivos filho(a) e 1 instrumento que norteou a construção do acolhimento diferenciado:5- Protocolo de Ações Favoráveis e Desfavoráveis à Comunicação, a Brincadeiras e aos Hábitos Orais. Após 3 meses foram reaplicados os instrumentos 2, 3 e 4, para verificar se houveram mudanças. Resultados: Após o acolhimento diferenciado todas as famílias referiram compreender melhor a fala das crianças. Observou-se aumento geral das atitudes comunicativas favoráveis do tipo: reformulações no discurso; enunciados de continuidade; solicitação de esclarecimento e decréscimo nas atitudes desfavoráveis. Isto mostrou que houve uma repercussão positiva na dialogia, nas interações e, conseqüente, nas habilidades comunicativas das crianças. Conclusão: os resultados apontam que a proposta de acolhimento diferenciado foi efetiva como um dispositivo clínico fonoaudiológico em saúde pública e pode instituir novas práticas de atenção centradas na família e nos compromissos de co-responsabilidade entre profissionais de saúde e a população.

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Biografia do Autor

Márcia G. Ribeiro

Mestranda em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Silvia Friedman

Professora Titular do Curso de Fonoaudiologia Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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