Fantasmas no palco: Dancing at Lughnasa e o Teatro de Memória de Friel
Autores
Maria Isabel Rios de Carvalho Viana
CEFET/MG
Palavras-chave:
Teatro, Memória, Fantasmático, Dancing at Lughnasa
Resumo
É característica marcante da obra do dramaturgo irlandês Brian Friel a representação da memória no palco. Dancing at Lughnasa é uma de suas peças classificada pelos críticos como uma “peça de memória” por apresentar, assim como a peça The Glass Menagerie de Tennessee Williams, um narrador-personagem que narra eventos de seu passado. Porém, a relação dessa peça de Friel com a memória vai muito além da mera temática e passa a ser o procedimento e a forma do dramaturgo de fazer teatro à memória do próprio teatro, recuperando suas origens nos rituais e na tragédia e relendo elementos marcantes da fundação do Teatro Literário Irlandês. Partindo da ideia do “fantasmático” no teatro desenvolvida por Carlson, o objetivo desse artigo é detectar alguns dos “fantasmas” presentes no texto de Friel, mostrando o caráter metateatral da peça e de que forma Friel faz do seu teatro um Teatro de Memória.
Biografia do Autor
Maria Isabel Rios de Carvalho Viana, CEFET/MG
Formada em Letras pela UFSJ. Mestrado em Letras em Teoria Literária e Crítica da Cultura pela UFSJ. Doutoranda em Estudo de Linguagens pelo CEFET/MG.