O impacto da urbanidade no envelhecimento humano: o que podemos aprender com a estratégia Cidade Amiga do Idoso?
Palavras-chave:
Urbanidade, Envelhecimento, Idosos, AmbiênciaResumo
Todos percebemos que os estímulos do ambiente afetam nosso bem-estar, porém pouco refletimos sobre eles e, menos ainda, manifestamos nossas impressões e reivindicações publicamente de modo eficiente, em busca de soluções que possam beneficiar a coletividade. O planejamento dos espaços construídos nas cidades encontra conexões importantes entre as diversas disciplinas que compõem a Gerontologia Ambiental, mas raramente se apoia em relatos organizados das experiências vividas, especialmente pela percepção de idosos e de profissionais que os atendem. A urbanização traz consigo bônus e ônus: apesar do potencial aumento das interações humanas, a geração de impactos nocivos ao ambiente pode prejudicar os encontros, criando distanciamentos e transformando a convivência social. A estratégia da Organização Mundial de Saúde – OMS, estabelecida pelo projeto Cidade Amiga do Idoso e proposta como diretriz aplicável a diferentes contextos geopolíticos, cria a oportunidade de se extraírem impressões daqueles que vivem nos lugares pesquisados, oferecendo importantes subsídios para ações governamentais. Pode conferir legitimidade às manifestações, visto serem apoiadas no Protocolo de Vancouver e coletadas para análise de modo científico. A lição mais importante é a oportunidade em oferecer vez aos cidadãos para que exponham suas percepções sobre demandas relacionadas à cidade, valorizando suas opiniões. Certamente este é um caminho mais democrático e autêntico de cidadania, em que o protagonismo se manifesta de fato e os direitos humanos podem ser mais bem atendidos.Downloads
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