NARRATIVAS MITOLÓGICAS SOBRE PROCESSOS DE MORTE SIMBÓLICA

Autores

  • Ana Luisa Prosperi Leite
  • Luana Maribele Wedekin

Palavras-chave:

Morte simbólica, Mitos, Naturologia

Resumo

Este artigo visa refletir sobre a abordagem e integração de vivências de morte simbólica na prática Naturológica, propondo a utilização de mitos como ferramenta terapêutica a partir dos pressupostos da psicologia analítica de Carl Gustav Jung. A Naturologia emerge na atualidade dispondo de enorme gama de possibilidades de se trabalhar em saúde, mesclando práticas naturais à escuta acolhedora e troca dialógica. Agregar a este diálogo a mitologia tradicional é enriquecedor, pois esta, em uma de suas potencialidades, atua de modo estruturante ao guiar o ser humano nas fases da vida e integrar o sentido dos ritos de passagem. Com esse olhar foram selecionados seis mitos de diferentes partes do mundo que apresentassem a temática da morte renovatória com o objetivo de realização de uma análise simbólica, sendo estes: Mauí e Hinenuitepo, da Nova Zelândia; o surgimento do mundo e da morte, da tribo Ajuru do Brasil; Hades e Perséfone, da Grécia; Inanna, da antiga Suméria; Hainuwele, da Nova Guiné e Quetzalcóatl, da cultura Maia da Mesoamérica. Neles foi possível identificar a presença de dois mitologemas: a catábase, que na expressão mítica se refere ao ato de descer ao submundo em virtude de uma busca; e a recompensa da morte como alimento ou planta essencial para um povo.

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