A epítome de Lilith e obra a Rainha do Ignoto
como se entrelaçam as personagens no imagético teológico feminista transcendente
Palavras-chave:
Lilith, Funesta, Feminismo, Teologia feministaResumo
O mito sumeriano de Lilith continua emergindo como símbolo de representatividade da mulher contemporânea, da independência e identidade feminina ao longo dos anos, e associada a essa personagem, encontramos Funesta da obra A Rainha do Ignoto da escritora cearense Emília Freitas e que foi escrita no final do século XIX. Numa obra de literatura fantástica, cheia de mistérios, a obra cearense cria uma personagem que mistura supremacia feminina, independência e força contra o patriarcalismo da época para expor sua indignação. Anteriormente tratadas como subversivas e alinhadas ao mal, as personagens Lilith e Funesta, conseguem se fundir em suas construções de lutas por seus direitos, contra a passividade, à submissão e obediência cega. Mais do que apenas um estudo sobre feminismo e teologia feminista, esse artigo coloca em repúdio a opressão sexista e desafia os pensamentos machistas arcaicos para a construção de respeito para toda uma sociedade.
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